Oi, Luísa! Comecei a seguir a sua newsletter depois que o seu texto anterior, sobre o livro da bell hooks, chegou até mim pelo Notes, e tenho gostado de te ler porque me identifico com esse sentimento de não pertencimento. Não tive uma experiência traumática como a sua que me levou a sair da minha cidade, no meu caso foi até uma decisão impulsiva (apareceu uma oportunidade e pensei por que não?), mas hoje não me vejo mais morando no lugar onde nasci apesar de todo ano eu voltar pra visitar minha família e amigos. Também faz sete anos que moro nessa nova cidade que escolhi como lar e sempre me sinto envergonhada quando algum conhecido que está visitando a cidade me pede recomendação de um café ou restaurante num bairro tal da cidade e eu não conheço um lugar pra recomendar. E com a pandemia, sinto que o isolamento me fez ainda mais desconectada do lugar onde eu moro. Alguns lugares que eu ia fecharam, outros novos abriram. Agora me vejo redescobrindo essa cidade como quando eu cheguei aqui.
querida, que texto maravilhoso! já tivemos algumas conversas sobre esse despertencimento de sair de casa mas se sentir ainda intimamente ligada à nossa terra onde crescemos. por que então não voltar? sinto tanto que o seu seja uma violência sofrida. penso com carinho nas pessoas lgbtqia que prrecisaram sair de casa pra ser quem são. fora de casa nos sentimos mais confortáveis para sermos nós mesmes, sem bagagem. parece um oxímoro, mas é a verdade. sair de casa é libertador. você escolhe como quer contar sua história! e dá um quentinho no coração te ler compartilhando essa história com a gente também.
obs: pra mim também é impossível conhecer os hospitais de Recife. fora da nossa terra de origem não vivemos a experiência de ir ver um primo que acabou de nascer na maternidade, acompanhar a internação de um familiar ou ir fazer nebulização de madrugada. não temos repertório!!!
Sinto muito que você tenha passado por isso, Luisa. Sobre a identidade nordestina, penso que você está certíssima. Eu sou mineira e ninguém me chama de sudestina. São 9 Estados, cada um com sua identidade. Essa sensação de olhar pra trás e reconhecer de onde você veio é reconfortante, mas também é olhar pra você agora e ver o quão longe você conseguiu ir pra se libertar daquilo que sufocava. Sinta-se abraçada 🧡
Oi, Luísa! Comecei a seguir a sua newsletter depois que o seu texto anterior, sobre o livro da bell hooks, chegou até mim pelo Notes, e tenho gostado de te ler porque me identifico com esse sentimento de não pertencimento. Não tive uma experiência traumática como a sua que me levou a sair da minha cidade, no meu caso foi até uma decisão impulsiva (apareceu uma oportunidade e pensei por que não?), mas hoje não me vejo mais morando no lugar onde nasci apesar de todo ano eu voltar pra visitar minha família e amigos. Também faz sete anos que moro nessa nova cidade que escolhi como lar e sempre me sinto envergonhada quando algum conhecido que está visitando a cidade me pede recomendação de um café ou restaurante num bairro tal da cidade e eu não conheço um lugar pra recomendar. E com a pandemia, sinto que o isolamento me fez ainda mais desconectada do lugar onde eu moro. Alguns lugares que eu ia fecharam, outros novos abriram. Agora me vejo redescobrindo essa cidade como quando eu cheguei aqui.
Um abraço!
Sinto muito muito que isso tenha acontecido com vc, Luísa. Obrigada por compartilhar conosco sua experiência, fica meu abraço apertado ❤️
obrigada pela mensagem e pelo abraço, Paula <3
querida, que texto maravilhoso! já tivemos algumas conversas sobre esse despertencimento de sair de casa mas se sentir ainda intimamente ligada à nossa terra onde crescemos. por que então não voltar? sinto tanto que o seu seja uma violência sofrida. penso com carinho nas pessoas lgbtqia que prrecisaram sair de casa pra ser quem são. fora de casa nos sentimos mais confortáveis para sermos nós mesmes, sem bagagem. parece um oxímoro, mas é a verdade. sair de casa é libertador. você escolhe como quer contar sua história! e dá um quentinho no coração te ler compartilhando essa história com a gente também.
obs: pra mim também é impossível conhecer os hospitais de Recife. fora da nossa terra de origem não vivemos a experiência de ir ver um primo que acabou de nascer na maternidade, acompanhar a internação de um familiar ou ir fazer nebulização de madrugada. não temos repertório!!!
sair de casa, em vários contextos, é realmente libertador, janoca!
obrigada por essa mensagem e pelo carinho sempre <3
vc é incrivel, tem uma coragem e uma sensibilidade enormes. Receba meu abraço apertado.
Muito obrigada pelo apoio, Roberta <3
Sinto muito que você tenha passado por isso, Luisa. Sobre a identidade nordestina, penso que você está certíssima. Eu sou mineira e ninguém me chama de sudestina. São 9 Estados, cada um com sua identidade. Essa sensação de olhar pra trás e reconhecer de onde você veio é reconfortante, mas também é olhar pra você agora e ver o quão longe você conseguiu ir pra se libertar daquilo que sufocava. Sinta-se abraçada 🧡
obrigada pela mensagem, Nathália <3
Luísa. Abraço.