aqui a experiência é de sair do interior pra "cidade grande", com todo aquele deslumbramento de adolescente querendo conhecer o mundo e, lógico, o sonho de morar no centro. e tem o lado que é ótimo, estar perto das coisas, fazer tudo a pé, etc. mas o centro de Curitiba é sufocante mesmo. (talvez todo centro seja?). o caos do dias úteis versus o tédio dos domingos (com seu vazio mais vazio do que o domingo nos bairros), as ruas desertas, praticamente nada de comércio aberto, a imensa quantidade de concreto mesmo na "cidade ecológica" hehehe, barulho de ligeirinho entrando às 6h da manhã pela janela de casa. depois de 5 anos eu tava com essa mesma sensação. sufocada, irritada e com hipersensibilidade auditiva. e voltar pro bairro foi a melhor escolha que eu fiz. tem coisa que só o bairro dá pra gente.
aqui tenho a sorte de ficar mais distante do barulho da rua, mas a sensação de sufocamento é compartilhada! pra mim, o centro de curitiba é bem específico por ser realmente central. tem gente de tudo que é jeito morando por aqui. e lá em são luís, por ex, nunca conheci alguém que de fato morasse no CENTRO. no máximo, nos bairros arredores, no caso de famílias que moravam em sobrados bem antigos. dá pra passar um bom tempo sem frequentar o centro, inclusive.
partiu aproveitar a passagem de R$ 3 aos domingos para viver a domingueira nos bairros rs <3
Caí sem querer nessa dose em particular, porque uma pessoa querida leu e lembrou de mim, e resolvi comentar porque algumas coincidências nos causam uns sustos. Talvez eu seja emocionada demais, mas é que quando bateu a identificação eu senti que devia compartir esse sentimento. Além de ser uma voraz colecionadora de linhas de ônibus, sou uma recente moradora do Centro de Curitiba que passa pela mesmíssima sensação. Às vezes brinco com amigues dizendo que o único problema do Centro de Curitiba é estar rodeado de Curitiba por todos os lados. O que é um bocado maldoso da minha parte, mas reflete uma percepção desse como um lugar realmente apartado da cidade, e talvez um lugar que se abra mais para pessoas como nós e permite que encontremos uma vidinha gostosa e a pé numa cidade que nem sempre é fácil. Outro dia mesmo, agora em dezembro, fui encontrar pessoas queridas para uma cerveja lá no Boa Vista, e a brincadeira foi que a escolha deles de bar era uma oportunidade para eu adicionar uma nova linha de ônibus à minha coleção (fui de Estribo Ahú, um nome dos melhores!), uma coleção particularmente longa e difícil de concluir. Em Florianópolis, por caóticos que sejam os ônibus, acho que eu já havia preenchido mais de metade do álbum (sabia que não existem mais os quatro Volta ao Morro? Mudou tudo!), mas em Curitiba não vislumbro avançar tanto, até porque justamente acabo saindo pouco do nosso Centro. Enfim, você falou muito mais do que sobre Centro e ônibus, mas peguei pelos pontos de contato para que você soubesse que essa dose tocou em pontos de uma vizinha que você não conhece (ou talvez já tenha esbarrado pelas ruas do Centro, vai saber?). Achei que você gostaria de saber.
Coincidência por coincidência, estou há umas semanas com uma ideia (mas sem tomar qualquer iniciativa a respeito) de encontrar uma plataforma na internet para voltar a publicar coisas escritas, e a plataforma pela qual você publica sua newsletter me induziu (obrigou?) a fazer uma conta para poder fazer esse comentário. Pode ser um sinal positivo. Seja como for estou assinando suas doses, se vou voltar a escrever ou não isso a gente vê ano que vem.
que bom que vc veio compartilhar esse comentário, gostei muito de ler sobre essas coincidências apesar da decepção ao descobrir que já não existem mais as quatro linhas volta ao morro... primeiro tiraram as cores das linhas de ônibus e transformaram todos para o visual de apresentação de power point, agora isso! um absurdo
também gosto isso de colecionar linhas de ônibus daqui de curitiba, tem uma que eu considero uma lenda urbana pois já vi circulando mas NUNCA passando no ponto quando eu precisava dela (464 ALCIDES MUNHOZ / JARDIM BOTÂNICO).
esse substack tá cada vez mais danado pra conseguir novos usuários. espero que a entrada forçada aqui te incentive a escrever e divulgar com a internet. depois venha me avisar, por favor!
Oi, Luisa! Li a sua carta com curiosidade por saber que você escolheu logo o assunto de mudança de cidade pra comentar. Foi uma edição difícil de escrever, e sobre o qual sempre tenho dificuldade de falar, porque quando a gente diz que vem de outro lugar, as pessoas sempre perguntam o que estamos acha de onde estamos vivendo agora, e elas não lidam muito bem quando a gente diz que não gosta! É uma experiência mais fácil de compartilhar com quem já viveu em várias cidades mesmo, e fico feliz de ter encontrado uma leitora como você pra essa edição!
Gostei muito dos seus comentários e me identifico muito com o horror de passar tanto tempo no transporte público sem fazer nada. Estou sempre me ocupando com alguma coisa: lendo um livro, ouvindo podcast ou observando atentamente.
Sua história da agenda perdida me lembra que numa das primeiras semanas no meu trabalho, perdi uma toalhinha que levava para todo lugar, para secar bancos de ônibus molhados ou sentar em cima quando o assento está quente. Acabei esquecendo no ônibus, e assim como você, fiquei procurando pelo caminho. Infelizmente, não achei.
aqui a experiência é de sair do interior pra "cidade grande", com todo aquele deslumbramento de adolescente querendo conhecer o mundo e, lógico, o sonho de morar no centro. e tem o lado que é ótimo, estar perto das coisas, fazer tudo a pé, etc. mas o centro de Curitiba é sufocante mesmo. (talvez todo centro seja?). o caos do dias úteis versus o tédio dos domingos (com seu vazio mais vazio do que o domingo nos bairros), as ruas desertas, praticamente nada de comércio aberto, a imensa quantidade de concreto mesmo na "cidade ecológica" hehehe, barulho de ligeirinho entrando às 6h da manhã pela janela de casa. depois de 5 anos eu tava com essa mesma sensação. sufocada, irritada e com hipersensibilidade auditiva. e voltar pro bairro foi a melhor escolha que eu fiz. tem coisa que só o bairro dá pra gente.
aqui tenho a sorte de ficar mais distante do barulho da rua, mas a sensação de sufocamento é compartilhada! pra mim, o centro de curitiba é bem específico por ser realmente central. tem gente de tudo que é jeito morando por aqui. e lá em são luís, por ex, nunca conheci alguém que de fato morasse no CENTRO. no máximo, nos bairros arredores, no caso de famílias que moravam em sobrados bem antigos. dá pra passar um bom tempo sem frequentar o centro, inclusive.
partiu aproveitar a passagem de R$ 3 aos domingos para viver a domingueira nos bairros rs <3
boa. se quiser companhia, é só chamar rs ;)
Caí sem querer nessa dose em particular, porque uma pessoa querida leu e lembrou de mim, e resolvi comentar porque algumas coincidências nos causam uns sustos. Talvez eu seja emocionada demais, mas é que quando bateu a identificação eu senti que devia compartir esse sentimento. Além de ser uma voraz colecionadora de linhas de ônibus, sou uma recente moradora do Centro de Curitiba que passa pela mesmíssima sensação. Às vezes brinco com amigues dizendo que o único problema do Centro de Curitiba é estar rodeado de Curitiba por todos os lados. O que é um bocado maldoso da minha parte, mas reflete uma percepção desse como um lugar realmente apartado da cidade, e talvez um lugar que se abra mais para pessoas como nós e permite que encontremos uma vidinha gostosa e a pé numa cidade que nem sempre é fácil. Outro dia mesmo, agora em dezembro, fui encontrar pessoas queridas para uma cerveja lá no Boa Vista, e a brincadeira foi que a escolha deles de bar era uma oportunidade para eu adicionar uma nova linha de ônibus à minha coleção (fui de Estribo Ahú, um nome dos melhores!), uma coleção particularmente longa e difícil de concluir. Em Florianópolis, por caóticos que sejam os ônibus, acho que eu já havia preenchido mais de metade do álbum (sabia que não existem mais os quatro Volta ao Morro? Mudou tudo!), mas em Curitiba não vislumbro avançar tanto, até porque justamente acabo saindo pouco do nosso Centro. Enfim, você falou muito mais do que sobre Centro e ônibus, mas peguei pelos pontos de contato para que você soubesse que essa dose tocou em pontos de uma vizinha que você não conhece (ou talvez já tenha esbarrado pelas ruas do Centro, vai saber?). Achei que você gostaria de saber.
Coincidência por coincidência, estou há umas semanas com uma ideia (mas sem tomar qualquer iniciativa a respeito) de encontrar uma plataforma na internet para voltar a publicar coisas escritas, e a plataforma pela qual você publica sua newsletter me induziu (obrigou?) a fazer uma conta para poder fazer esse comentário. Pode ser um sinal positivo. Seja como for estou assinando suas doses, se vou voltar a escrever ou não isso a gente vê ano que vem.
que bom que vc veio compartilhar esse comentário, gostei muito de ler sobre essas coincidências apesar da decepção ao descobrir que já não existem mais as quatro linhas volta ao morro... primeiro tiraram as cores das linhas de ônibus e transformaram todos para o visual de apresentação de power point, agora isso! um absurdo
também gosto isso de colecionar linhas de ônibus daqui de curitiba, tem uma que eu considero uma lenda urbana pois já vi circulando mas NUNCA passando no ponto quando eu precisava dela (464 ALCIDES MUNHOZ / JARDIM BOTÂNICO).
esse substack tá cada vez mais danado pra conseguir novos usuários. espero que a entrada forçada aqui te incentive a escrever e divulgar com a internet. depois venha me avisar, por favor!
Oi, Luisa! Li a sua carta com curiosidade por saber que você escolheu logo o assunto de mudança de cidade pra comentar. Foi uma edição difícil de escrever, e sobre o qual sempre tenho dificuldade de falar, porque quando a gente diz que vem de outro lugar, as pessoas sempre perguntam o que estamos acha de onde estamos vivendo agora, e elas não lidam muito bem quando a gente diz que não gosta! É uma experiência mais fácil de compartilhar com quem já viveu em várias cidades mesmo, e fico feliz de ter encontrado uma leitora como você pra essa edição!
Gostei muito dos seus comentários e me identifico muito com o horror de passar tanto tempo no transporte público sem fazer nada. Estou sempre me ocupando com alguma coisa: lendo um livro, ouvindo podcast ou observando atentamente.
Sua história da agenda perdida me lembra que numa das primeiras semanas no meu trabalho, perdi uma toalhinha que levava para todo lugar, para secar bancos de ônibus molhados ou sentar em cima quando o assento está quente. Acabei esquecendo no ônibus, e assim como você, fiquei procurando pelo caminho. Infelizmente, não achei.
feliz que vc gostou, Lethycia <3
eu adorei a dica da toalhinha do ônibus, espero que vc já tenha arrumado outra! rs